A Latécoère muda de mãos dando origem a Aéropostale
O Sucessor da Aéropostale - Parte 2
No primeiro capítulo, contamos um pouco da história da fundação da Latécoére e sua transição para tornar-se a Aéropostale, envolvendo seus pilotos onde encontramos o célebre St Exupéry. Vamos acompanhar a seguir o texto final com a importância do Rio de Janeiro nessa história.
Marcel Bouilloux-Lafont acaba fechando o negócio e cria em 1927 a Compagnie Générale Aéropostale (CGA), nome que ele próprio escolheu, nome novo, muito apropriado, inesquecível e moderno. Nascia a lendária Aéropostale. Sem perder tempo, com sua empresa sul-americana de obras públicas, a SUDAM, inicia o trabalho gigantesco de infraestrutura, imprescindível para o funcionamento de uma linha aérea comercial.
São 15 campos de pouso que serão montados na América do Sul, entre eles 11 no Brasil. São estes: Natal, Pernambuco-Recife, Maceió, Bahia-Salvador, Caravelas, Vitória, Jacarepaguá, Santos, Florianópolis, Porto Alegre, Pelotas. Todos são equipados com hangares, galpões para a manutenção dos aviões, habitações, escritórios, TSF, holofotes para voos noturnos que MERMOZ inauguraria em 1928.
A Aéropostale possui então uma rede de 17.000 km, operando 218 aviões, 21 hidraviões e 8 navios; reunindo 80 pilotos, entre eles Marcel Reine, que foi proprietário da La Grande Valée, e seu amigo, o autor do "O Pequeno Príncipe" Saint-Exupéry, além de 250 mecânicos, 53 rádios, 250 marinheiros desde Toulouse França sua sede.
Este gigantesco esforço técnico e financeiro foi aplicado também nos outros países do Cone Sul, como a Argentina, Uruguai, e também a Venezuela. Nessas empresas, os pilotos nacionais, lado a lado com seus colegas franceses (Vachet, Henry Guillaumet, Marcel Reine, e Saint Exupéry.) trabalham para o fortalecimento e a ampliação da rede.
Embora sendo o presidente da Aéropostale, Marcel Bouilloux-Lafont tem um relacionamento humano íntimo com os homens extraordinários que formam sua equipe : Vachet, Guillaumet e Jean Mermoz, o fiel amigo do empresário a quem ensinou a pilotar.
Finalmente, ele realizará aquilo que Latécoère havia sonhado.