top of page

O Gênio e suas invenções

Antoine Saint-Exupéry foi um gênio incomparável. Uma mistura de matemático, filósofo, jornalista, ilustrador, poeta, escritor, aviador, inventor e que nas horas vagas sabia fazer truques de mágica.

Durante sua infância, sobressaía a curiosidade sobre motores, trens e aviões. Aos 8 anos, chegou a desenhar projetos para construir uma bicicleta voadora com motor. Apesar da ajuda de um marceneiro, nunca conseguiu fazê-la voar. Certa vez, adaptou um motor à gasolina para tentar melhorar um sistema de irrigação, porém a invenção explodiu causando um ferimento em seu irmão mais novo.

Apaixonado por mecânica, Saint-Exupéry costumava frequentar o aeródromo de Ambérieu-en-Bugey (próximo ao castelo de Saint-Maurice-de-Rémens, onde passava as férias de verão). Observava atento o trabalho dos mecânicos e as aeronaves.

Com apenas 12 anos fez seu primeiro voo em um Berthaud-Wroblewski, liderado por Gabriel Wroblewki (apesar da proibição de sua mãe).

Em abril de 1921, foi designado para o serviço militar como mecânico no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo, conseguindo ser admitido logo depois como aluno piloto. No ano seguinte, em Marrocos, conseguiu obter seu brevê de piloto.

Na primavera de 1923, sofreu seu primeiro acidente de avião, em Le Bourget, resultando numa fratura no crânio. Após o grave acidente ele foi liberado do serviço militar, com a patente de subtenente da reserva.

Exupéry tentou trabalhar em outras áreas, como num escritório, na função de controlador de fabricação, numa fábrica de telhas e como representante dos caminhões Saurer. Chegou a fazer estágio nas fábricas de Surenes, antes de viajar pela França vendendo caminhões. Entre suas habilidades estavam a capacidade de desmontar e remontar, sem dificuldades, o motor dos veículos que vendia.

Até que, em 1926, Saint-Exupéry foi apresentado e aceito na companhia Latécoère (correio aéreo francês). Segundo o costume, as atividades começaram por um estágio nas oficinas de Toulouse Montaudran e em seguida o tornando um piloto da aviação civil.

Dono de uma mente tumultuada e brilhante era comum vê-lo fazendo cálculos e diagramas sobre toalhas de papel bistrôs. Exupéry aprendia com suas experiências em voo, o que consequentemente o ajudava a melhorar os veículos aéreos.

 

Em 1933, por questões políticas e a união de empresas privadas para dar à luz a Air France, a Compagnie Générale Aéropostale foi comprada. Saint-Exupery, contratado como piloto de testes de hidravião Latécoère, não se juntou a Air France e resolveu se dedicar à escrita e ao jornalismo.

 

Entre os anos de 1934 e 1941, Exupéry apresentou 11 invenções e 4 aditivos (um inclusive, sendo usado com o pseudônimo de Max Ras) no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI ) na França e uma patente nos Estados Unidos. Apesar de não ter lhe trazido nenhuma remuneração, suas invenções foram conservadas e algumas são encontradas até hoje em aeronaves americanas.

Em 1940, ele chegou a recusar um cargo no Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), que o permitiria se dedicar a sua paixão pela aviação e mecânica.

A primeira patente data de 1934:

Patente Nº 795308 de 1934

Descreve um sistema de luz que ajuda numa aterrissagem sem visibilidade, medindo continuadamente a altura de voo a partir do solo. Saint-Exupéry imaginou um feixe de luz visível, ultravioleta ou infravermelha, que a baixa altura, desenha um disco ou uma forma oval no solo. Na parte traseira do avião, um dos sensores ópticos (células fotoelétricas) mede o diâmetro do local: quanto menor for o mais plano é baixo. Utilizável em baixíssima altitude, tal instrumento satisfaz uma necessidade crucial: avaliar a altura para a manobra de pouso. Atualmente, a linha de aeronaves são equipadas com um GPWS ( Sistema de aviso de proximidade do chão ), cujo principal instrumento é um altímetro radar.

bottom of page