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Aéropostale
Traçando a Linha
E a realização da ousada empresa do industrial de Toulouse, Pierre-Georges Latécoère, não demorou a ser posta em prática. No terceiro capítulo da Aéropostale,  a ideia de que os aviões do século XX podiam carregar o correio Latécoère começou a tomar forma.
 
Latécoère organizou uma espécie de “teste-demonstração” no Natal de 1918. Assim, no dia 25 de dezembro, ele mesmo decolou de Toulouse com o piloto Cornemont no comando de um Salsom, rumo a Barcelona. Apesar do frio, eles chegaram com segurança e aterrissaram no hipódromo de Can Tunis após duas horas e vinte minutos de voo. O sucesso da demonstração incitou o próximo passo, a pensar no segundo voo. Desta vez se tratava de chegar ao Marrocos. Latécoère tomou a decisão de fazer o raide com dois aviões.  Mas assim como toda boa ideia, passaram por problemas na hora da execução: os aviões que deviam planar juntos no céu mas por problemas técnicos acabaram voando separados.
 
Na hora de pousar, outro problema: o primeiro avião com Massimi, sócio de Latécoère bateu nas pedras esfrangalhando o trem de pouso pois a pista era muito curta, com 600 metros quadrados. Rapidamente, o sócio com o nariz sangrando fez todo o pessoal aumentar a pista para que Latécoère não passasse pelo mesmo apuro. A dupla seguinte, Latécoère e Junquet, tinha um problema em comum: eram míopes, o industrial e o piloto. Sem ter visto o campo de pouso da primeira etapa, o piloto voara 100 km a mais e teve pane de combustível… Desceu numa praia e precisou ir buscar alguns galões de combustível na cidade mais próxima.
 
Nada disso fez Latécoère desistir, ao contrário. Ele retornou a Paris de trem, mas julgou que era possível chegar de avião ao Marrocos. Quinze dias mais tarde, desta vez com o piloto Lemaître, Latécoère chegará a Rabat, para espanto e alegria de todos. Ele carregava consigo o jornal francês da véspera e pôde entregá-lo ao marechal Lyotey, na época designado e residente no local. E esse sucesso fez surgir um bom número de concorrentes. Mas nada se comparou ao tamanho do “império aéreo” de Latécoère, que só cresceu apesar das imensas dificuldades. O capítulo completo você confere aqui: 
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